CIL - Comissão Luterana de Literatura
17 de setembro de 2009
Ter fé é colocar a mão no arado e não olhar para trás!
Números 20.1-13
[i]Será que vamos ter de fazer sair água desta rocha para vocês? (v. 10).[/i] É mais fácil reclamar do que buscar soluções, acomodar-se do que assumir a responsabilidade de buscar um futuro melhor para si e para os demais. Tendo o que comer, o que vestir e onde se deitar para descansar, já nos damos por satisfeitos. Para que incomodar-se com utopias? Afinal, pode até ficar pior. É verdade que, no Egito, os israelitas tinham sido escravos, labutando de sol a sol para ganhar a vida, mas, pelo menos, tinham frutas, cereais e carne para comer, água para beber, roupa para vestir e cama para dormir. Mas, num momento de entusiasmo, de fé, tinham posto sua esperança nas promessas de um homem que lhes falara de um novo mundo, de um lugar em que havia bens com fartura. Resultado: acreditaram na promessa e, agora, estavam morrendo de fome e sede no deserto. Que fazer? Sentir saudade das “panelas de carne do Egito” e dos baldes de água do rio Nilo? Reclamar e procurar um bode expiatório? É a reação humana normal, dizendo: “Eu vou na boa; se não der certo, a culpa não será minha; afinal, a idéia não foi minha”. Mas não há volta, nem para os israelitas, nem para nós. O mundo novo, mais justo e melhor, está à frente. Para chegar lá, é preciso assumir a briga, “atravessar o mar Vermelho”, ter fé, apesar de toda a adversidade, e esperança, contra toda esperança; é preciso andar sem ver, fixar-se em quem fez a promessa, em quem cura os enfermos, alimenta multidões com pães e peixes, transforma água em vinho, tira água da pedra.