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24 de setembro de 2009

O que vale a pena geralmente é difícil!

João 6.60-69

[i]Será que vocês também querem ir embora? (v. 67).[/i] Aí está o nó da questão: não é possível viver de barriga cheia e satisfeito sem assumir um compromisso de vida com quem criou a barriga e o alimento para enchê-la! Os israelitas queriam panelas cheias de carne, cereais e frutas à vontade, água abundante para beber; queriam fazer festa, sem precisar comprar a briga por essa utopia. Eles queriam comer o pão que Jesus distribuiu sem “comer a carne e beber o sangue” do Senhor, ou seja, sem fazer uma aliança de vida plena com ele. Na hora do compromisso, quando as coisas começam a ficar sérias, a gente se desinteressa, vai embora, resmungando, volta para o cativeiro da “mediocridade” e deixa de lado a utopia do mundo mais justo e mais honesto. É claro que queremos este mundo, só que não estamos dispostos a assumi-lo como nossa causa; não estamos dispostos a fazer nossa a causa de Deus. Na hora da dificuldade, é natural que pensemos em desistir. Mas, aí, Jesus nos pergunta: “Será que vocês também querem ir embora? O que realmente vale o esforço está bem aqui, comigo. É a vida plena. Pode até ser difícil, mas é o que vale a pena: a vida com propósito, com justiça, com amor e esperança, vida eterna. Ela implica abandonar o que não está de acordo com a vontade de Deus, com as situações e com as relações injustas que esvaziam o sentido da vida. Essa decisão implica compromisso e responsabilidade com o autor da vida, ou seja, implica comungar com a “carne e o sangue” do Senhor, tornar-se um corpo com ele na comunidade.