CIL - Comissão Luterana de Literatura
04 de janeiro de 2010
Quanta honra!
Salmo 8
[b]Ó Senhor, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo inteiro (v. 1). Na virada do ano, poucas pessoas separam um tempo para pensar sobre sua vida. Faria um bem enorme se perguntássemos: afinal, quem somos? Que fazemos? A meditação do “Castelo Forte” de hoje é uma excelente oportunidade para isso.[b] Olhando para a imensidão do firmamento, os pensamentos do salmista penetram o infinito, onde ele tem por certa a presença de Deus, tanto como no lugar em que ele se encontra. Ele se reconhece pequeno, muito pequeno, mas também muito importante, distinguido para administrar a criação. Como se Deus lhe tivesse dado “a glória e a honra de um rei” (v. 5). Contudo, no centro da sua admiração não está a sua pessoa. O que o surpreende é que Deus, tão universal e eterno, o tenha feito parceiro da criação. Tem plena consciência de que deve o lugar que ocupa unicamente à sua bondosa graça. Essa descoberta leva-o a exclamar: “Ó Senhor, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo inteiro”. A mesma descoberta levou o apóstolo Paulo a concluir: “... todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!” (Romanos 11.36). E agora? Cá estamos, na soleira do Ano Novo. Quem somos? Como nos entendemos? Para começar bem, eu recomendo parar, respirar fundo e silenciar. Respirar silêncio é decisivo para a nossa saúde mental e espiritual. É no silêncio que melhor reconhecemos Deus – e a nós mesmos, também. Acaba o fascínio pelo que pensamos ser, e reconhecemos a grandeza de Deus. Feliz Ano Novo!