[i]E oro para que vocês tenham raízes e alicerces no amor, para que assim... possam compreender o amor de Cristo em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade (vv. 17b,18).[/i] Quando pergunto para a minha filha o quanto ela me ama, ela levanta os bracinhos o quanto consegue e, com um sorriso maroto, diz: “Um montão assim!” Eu pergunto: se o amor entre as pessoas é um sentimento muito forte, qual será o tamanho do amor de Deus? E se perguntássemos a Deus o quanto ele nos ama, será que ele também diria: “Um montão assim!”? O apóstolo Paulo escreve que o amor deve ser a raiz e o alicerce do viver cristão. No entanto, nós só amamos porque Deus nos amou primeiro (1 João 4.19). No Batismo, recebemos o “sim” do amor de Deus que acolhe e aceita. Conviver em harmonia e respeitar as outras pessoas são frutos de uma vida baseada sobre o alicerce firme e forte do amor divino, assimilado pela fé. Em Cristo, o amor de Deus se mostra “em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade”. Viver em comunidade significa experimentar todas as dimensões do amor de Cristo, para que ele possa habitar em nós e se manifestar nas nossas relações. Como entender isso? Para nós, é impossível mensurar o amor de Deus, pois ele está acima das nossas potencialidades. A proposta de vida que Cristo nos traz vai além de todo o conhecimento humano. Apenas na fé podemos aceitar e vivenciar este maravilhoso presente com que Deus nos agracia. Quando alguém nos pergunta quanto Deus nos ama, nós só podemos levantar os braços e responder: “Um montão assim!”