[i]Porque quem receber o descanso que Deus prometeu vai descansar de todos os seus trabalhos, assim como Deus descansou dos trabalhos dele (v. 10).[/i] “Tá nervoso, vá pescar!” “Tá nervosa, vá fazer crochê!” – são adesivos que encontramos em vidros de automóveis e parachoques de caminhões. Embora sejam uma provocação saudável para quem anda apressado demais, eles denunciam uma realidade. Muitos iniciam a corrida desenfreada já na madrugada e não sossegam, nem mesmo no fim de semana. Infelizmente, outros só param, quando acometidos por enfermidade grave. Triste mesmo é o desfecho, quando se lê no túmulo de quem nunca se deu o tempo para descansar em vida: “Repousa em paz!” O descanso é só para depois desta vida ou para os ancionatos? A fé cristã não ensina isso. Para Jesus, dia de descanso é dia de fazer o bem (Marcos 3.4), de ouvir Palavra de Deus e estudá-la (Lutero, na interpretação do terceiro mandamento). Jesus conseguiu descansar em meio à tempestade (Marcos 4.38). Ele sabia que estava nas mãos de Deus. E, descansando em suas mãos, trabalhou com confiança e bom ânimo. Refugiou-se nele e em sua vontade. O apóstolo afirma que “a palavra de Deus é viva e poderosa!” (v. 12). Ela dá direção à vida. Onde ela é o critério, não haverá lugar para ilusões, para o estresse e a enfermidade causada pelo excesso de trabalho. Se o tempo pertence a Deus, descansar não significa, simplesmente, ficar sem fazer nada. Significa dar lugar ao Reino de Deus, à sua vontade, e viver em confiança ao Pai, a quem pertencem o hoje e o amanhã.