CIL - Comissão Luterana de Literatura
03 de julho de 2010
Adular ou obedecer
Oseias 6.1-6
[b]... eu prefiro que o meu povo me obedeça (v. 6).[/b] Há pessoas que são aduladoras constantes. São sorridentes, tentam agradar exageradamente, elogiam, mesmo quando não há razão para isso. E tudo isso com a única intenção de receber reconhecimento, elogio, benefício econômico ou outras recompensas. Em geral, preferem estar perto de pessoas que têm poder de decisão e recursos financeiros. A tendência do ser humano é agir assim também com Deus. O texto bíblico em apreço mostra o povo de Israel dizendo palavras bonitas e fazendo promessas de fidelidade a Deus. Todavia, o Senhor, que vê além das aparências, não se deixa enganar e diz: “... o amor de vocês é tão passageiro como a cerração do nascer do sol; é como o orvalho, que seca logo de manhã” (v. 4). Este amor interesseiro, que tem a intenção de “comprar” a bênção divina, não persiste; Deus o detesta. O Senhor requer algo mais profundo. Quer a mudança que vem do íntimo: “Eu prefiro que o meu povo me obedeça”. Obedecer, aqui, é sinônimo de converter-se, de confiar integralmente no Senhor, de aderir à sua Palavra. Não há nada de errado em sermos simpáticos e atenciosos com as pessoas, desde que isso não seja fingido e feito com interesse de sermos recompensados. Assim também é bonito e correto expressarmos nossa gratidão e alegria a Deus e ao nosso Salvador Jesus, através do nosso viver, das nossas atitudes e do nosso culto. É necessário, no entanto, que sempre examinemos nossas intenções e, em arrependimento diário, procuremos verdadeira obediência ao Senhor.