CIL - Comissão Luterana de Literatura
03 de agosto de 2010
É fácil apontar o dedo
João 8.1-11
[i]Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais! (v. 11b).[/i] Minha mãe ensinou-me que era feio apontar o dedo para as pessoas. Este gesto é acompanhado, muitas vezes, de um juízo que pronunciamos para condenar alguém. No episódio narrado no texto bíblico, Jesus não entrou no jogo dos acusadores da mulher adúltera. Ao invés disso, ficou calmo, continuou a fazer o que estava fazendo e devolveu-lhes a questão: “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” (v. 7). Ninguém atirou! Ao invés disso, largaram suas pedras e foram embora. Não está escrito, mas o gesto permite concluir que eles reconheceram que eram tão pecadores quanto a mulher. Jesus não condenou a adúltera, mas deu-lhe uma nova oportunidade: “... eu também não a condeno. Vá e não peque mais!”. Ao final, vemos uma pessoa grata, perdoada e pronta para iniciar uma nova vida sem precisar carregar o seu pecado pelo resto da vida. O que permaneceu foi uma nova pessoa. Esta linda história de perdão confirma o ensinamento da minha mãe. Não devemos apontar o dedo para as pessoas e acusá-las impensadamente, baseados, muitas vezes, apenas naquilo que outros nos contam. É comum fazermos isso, sem, antes, averiguarmos se o que dizem é verdade. Vendemos o peixe pelo mesmo preço que o compramos! Seguidores de Jesus espelham nele os seus próprios comportamentos. Por isso, somos convidados a imitar o seu gesto. Ao invés de derrotar alguém ou pisoteá-lo, devemos amá-lo, erguê-lo quando está caído e ajudá-lo a ser uma nova pessoa.