[i]... a cobiça é um tipo de idolatria (v. 5c).[/i] É uma imagem impressionante! Não vivemos mais a nossa própria vida, mas aquela que já ressuscitou com Cristo. Quer dizer que não esperamos a ressurreição para depois da morte física. Ela já é uma realidade! Caro pai, já pensou que testemunho para seus filhos: a vida é eterna. Já agora, aqui na terra, nos é concedido participar da vida junto com toda a criação. A vida ganha corpo, passa por dores e prazeres. Ao final, partimos daqui para o esconderijo com Cristo. O bordado da nossa vida, que antes olhávamos de baixo sem entender o emaranhado dos fios, veremos, então, do colo de Deus, como uma imagem bem desenhada. Se concebemos nossa vida assim, que valor têm muitas paixões? Sem falsos moralismos: Deus se alegra com o nosso usufruto prazeroso de sua criação. Além do mais, apaixonar-se é uma das experiências mais belas na vida. Mas, não há razão para prender-se demais em algumas coisas. Em destaque, a cobiça. Ela compete com o próprio Deus. É prima-irmã da ambição. Em nosso sistema econômico, ser ambicioso é elogiado. Cobiça e ambição criam injustiças, causam dor e sofrimento. Quando elas são tão fortes que viram paixão, tocam-nos incondicionalmente e, então, passam a ocupar o lugar de Deus. Isso é idolatria. Por isso, olho aberto, consciência atenta! Não nos deixemos enrolar pelo que não é eterno. Tudo o que a gente tiver amealhado, para quem ficará? Quanto mal causará? Talvez aos próprios herdeiros que botarão sua vida fora, porque tudo lhes foi facilitado demais?