CIL - Comissão Luterana de Literatura
03 de novembro de 2010
Silêncio no céu
Apocalipse 8.1-5
[b]Quando o Cordeiro quebrou o sétimo selo, houve silêncio no céu por mais ou menos meia hora (v. 1).[/b] A cena é muito forte. Suspende o fôlego. É quebrado o sétimo selo e faz-se silêncio absoluto no céu. Meia hora. Período curto. Depois é interrompido. Seguem vozes, harpas, coros de anjos, silêncio. Ato contínuo, sete anjos recebem sete trombetas que serão tocadas, anunciando o que virá. E, antes do toque, outro anjo queima incenso, que sobe aos céus junto com as orações do povo de Deus, que clama por justiça. A resposta às orações é o soar das trombetas. Apocalipse é, antes de tudo, mensagem de conforto e esperança para um povo em crise, ameaçado na sua fé por causa das mudanças e das perseguições. Um povo que não entende o porquê de tanta dor é chamado a encontrar-se novamente com Deus, consigo mesmo, com sua missão, a animar-se e a não desistir da luta, pois o Senhor ouve o seu clamor, está ao seu lado e o fortalece na dificuldade. A aflição não é para sempre, e os que permanecerem firmes verão o Senhor. Quantas vezes, na noite da vida, não conseguimos compreender o que acontece conosco e com aqueles a quem amamos. Desesperamos, achando que o Senhor esqueceu de nós e que não há mais nada que se possa fazer. E o silêncio corta como navalha o nosso coração sofrido. Mas o Senhor está ao nosso lado. Ouve o nosso choro, o nosso pedido de socorro e nos dá esperança, que vai além do sofrimento de agora. O Apocalipse ajuda-nos a abrir os olhos e a ver a ação de Deus em nossa vida, e nos convida a ouvir a sua Palavra, a confiar nela e a pô-la em prática.