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01 de fevereiro de 2011

Vida: a linha de crédito oferecida por Deus

Romanos 4.1-12

[b] Davi... falou da felicidade daqueles que Deus aceita, sem levar em conta o que eles fazem. (v. 6) [/b] Deus nos deve alguma coisa, digamos, pelo nosso bom comportamento? Muita gente pensa que sim: se vou regularmente ao culto, se faço minhas orações, se ajudo o próximo, se me esforço por ser bom, Deus, em troca, vai me abençoar. E “abençoar” é entendido de todas as maneiras possíveis. Um dia desses, ouvi uma pessoa dizer que Deus tinha de ajudá-la a ganhar a mega-sena acumulada, afinal, ela se esforçara a vida inteira, em especial nas últimas semanas, para ser boa. O pai e a mãe já ensinaram que, se formos bons, o Deus “Papai Noel” traz “presentes” no Natal. A ideia de que Deus nos deve não é nova. Paulo já enfrentou esse mal-entendido, essa inversão de valores. Sempre se pensa que o Senhor é um patrão que nos deve salário por trabalho que realizamos. Aí está o equívoco: ele não é nosso empregador nem o Papai Noel que nos “dá” o “presente” que merecemos. Mas, afinal, quem é Deus? Ele é o “banco” que adiantou e põe à nossa disposição um crédito ilimitado. Mas é um “banco” diferente: o crédito que ele dá, por estranho que pareça, não gera dívida, mas dividendos, crédito eterno. A “moeda” com a qual ele trabalha é a vida. Ela é o crédito que o Senhor adianta e garante a cada dia. Essa linha de crédito nos foi adiantada lá no início, quando ainda não podíamos fazer nada para merecê-la. Ela é tudo que temos e nos vem pela graça de Deus. É um crédito gratuito, até porque não teríamos como pagar se o banco do Senhor nos cobrasse.