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03 de abril de 2011

Sobre cercas e pontes

1 Samuel 25.18-42

[b]Davi respondeu: “Graças... ao seu juízo, eu deixei de cometer um crime de morte e fui impedido de me vingar por mim mesmo”. (v. 33)[/b] Dois irmãos, que moravam em fazendas vizinhas, separadas por um riacho, entraram em conflito mortal e cortaram as relações. Certa manhã, um homem à procura de emprego bateu à porta do mais velho. “Claro”, disse o fazendeiro, “utilize a madeira que está no celeiro para construir uma cerca bem alta entre a minha fazenda e a do meu irmão. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo”. O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O carpinteiro trabalhou o dia inteiro. Quando o dono da fazenda voltou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte, ligando as duas margens do riacho. Ficou enfurecido com a ousadia do seu empregado. Mas ao olhar para a outra margem, viu o irmão mais novo vindo em sua direção. Num impulso, correu até ele e ambos se abraçaram e se reconciliaram. Abigail fez um papel semelhante. Davi sentiu-se ofendido por Nabal, rico criador de ovelhas e cabras, e entendeu que devia ir à desforra. Juntou um bando de homens para exterminar os ofensores. Abigail, a sensata mulher de Nabal, fez o meio de campo. Apaziguou as ânimos e mostrou a Davi que não há sabedoria na vingança. Construir muros e cercas não leva a nada. O nosso mundo seria bem melhor se houvesse mais construtores de pontes, como Abigail e o carpinteiro.