[b] Os gritos dos que trabalham nas colheitas chegaram até os ouvidos de Deus, o Senhor Todo-Poderoso. (v. 4b) [/b] Sem meias palavras, Tiago condena os ricos! Descreve as suas atitudes contra inocentes e as maldades que praticam por serem abonados. Não é de hoje que textos como este nos fazem refletir sobre dinheiro e poder. Nas Escrituras existem várias referências a esses assuntos. O próprio Jesus pronunciou-se sobre os abusos que muitos ricos e poderosos da sua época cometiam. Aliás, dinheiro sempre é um assunto delicado, também para nós. Preferimos, por vezes, fugir dele. Mas, agora, neste momento, não podemos deixar de encará-lo, pois a palavra bíblica o exige. Precisamos nos posicionar, assim como Jesus o fez quando foi interrogado sobre a moeda de César (Mateus 22.15-22). Em verdade, ter dinheiro e poder não é problema em si. A pergunta é como os adquirimos e o que fazemos com eles. O que as Escrituras questionam é o seu uso indevido, de tal forma que contraria a vontade de Deus. Quem os usa mal, chama sobre si o julgamento e a condenação divinos. É impossível negar que precisamos de dinheiro. Mas ele não precisa ser usado negativamente. Com ele, podem-se realizar belas e boas obras, como ajudar os mais necessitados. Este é o seu uso correto. É isso que precisamos ensinar e viver, como Igreja e como cristãos individualmente. Para Deus, ser rico ou ser pobre não faz diferença. Ele acolhe a todos de igual modo. O que importa é a fé no Senhor, que nos faz viver dignamente e abrir a mão para ajudar os menos favorecidos.